22 janeiro 2009

Segunda letra do alfabeto.

Acabei de voltar da lanchonete da esquina e ouvi uma história embebida de sentimento. E daí? Daí que a ouvi da boca de homem. Acho que nunca conheci um cara que falasse de uma mulher de maneira tão especial.

Acho que gostei tanto porque por incrível que pareça me vi nele há alguns anos atrás. Amores platônicos. O dele foi muito mais real que o meu, mas por incrível que pareça sentimos, ou sentíamos as mesmas coisas.

Houve uma época em que achei que nada seria como antes, que eu nunca ia gostar de uma cara como eu gostava dele, e estava certa, meu sentimento por ele apesar do “nada” é o mesmo, com um grau de intensidade diferente, porém, o mesmo, e olhe que já passaram cinco anos.

Mas, com o tempo percebi que não valia a pena eu parar e olhar a vida passar pela janela. Meu coração tinha direito de viver algo concreto, outras experiências, outras formas de sentir. E tudo que vivi até então e todas os caras que gostei, amei, nem sei definir, foram únicos. Cada um teve o seu “Q” especial, e nada disso fere, ou feriu meu outro sentimento.

Cheguei a pensar que era um absurdo, gostar de alguém com a mesma intensidade, que isso seria a prova que estaria esquecendo, ou coisa assim. Mas, o joio não tem nada a ver com o trigo. Acho sim que podemos amar várias vezes, e novos amores não machucam amores antigos, se esses forem verdadeiros. Não sei amar pela metade.

“...que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

Depois que entendi tudo que falei a cima, essa frase me deu novo sentido as coisas. Posso nunca tê-lo tido como quis (apesar que ainda não morri), posso nunca ter dito todas as coisas que quis, mas o pouco que fiz foi suficiente pra eu ser quem sou hoje. E hoje, eu me acho uma pessoa melhor em “n” fatores que não vem ao caso. E aqueles cinco anos, apesar do “nada” foram tudo. E como diz a Prima Justina: “Não precisa correr tanto; o que tiver de ser seu às mãos lhe há de ir”. E se isso não vir, algo com certeza virá.

Então meu caro, nada como o tempo.

“...Calma Dê o tempo ao tempo Alma Põe cada coisa em seu lugar E o dia virá Algum dia virá Sem aviso..”

Se não consegues tê-la como amiga, se não consegue ter alguém ao seu lado, é por que ainda não é a hora, e quando ela chegar nada vai mudar, mas ao mesmo tempo tudo será diferente.

Às vezes acho que sou otimista demais, ou romântica demais, mas não tenho meio termos só tenho extremos. E gosto disso.

Roda mundo Roda gigante Roda moinho Roda peão O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração.

5 comentários:

Gabriela Alcântara disse...

fiquei infinitamente sem palavras

Rhayssa Lima disse...

Nunca passaria na minha cabeça que Barros e seus companheiros fossem romanticos, sentimentalistas ou algo do tipo...
Foi um deles, num foi?!

Fica engraçado, né?! Se ver no outro. Imaginar a história dele na sua. Refletir de modo diferente. Tomar conclusões diferentes...

E depois de tanto tempo...
Ai, ai...

Adorei a intensidade desse post.

Érica de Paula disse...

né.

Milton Raulino disse...

Posso dizer que ficou tipo assim... perfeito?

"Cheguei a pensar que era um absurdo, gostar de alguém com a mesma intensidade, que isso seria a prova que estaria esquecendo, ou coisa assim. Mas, o joio não tem nada a ver com o trigo. Acho sim que podemos amar várias vezes, e novos amores não machucam amores antigos, se esses forem verdadeiros. Não sei amar pela metade."

Vc escreve mto bem, e adoro te ler Kikaa!! Invejo sua simplicidade!
beijão!

Érica de Paula disse...

Ai Tinhu... fiquei com vergonha! hê! :$

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