10 dezembro 2011

Ela está solta.



Enfim, cheguei. A noite se arrastou e nem percebi. O céu azul claro – por causa da lua – não me deixou perceber os raios de sol que chegaram tímidos.

A cidade está cheia de luzes piscando, é natal. Dentro de mim não tem muitas luzes. “Alguém” me disse há alguns dias: “A bruxa está solta”, e ela está. Mas, não é natal? Não é aquele período do ano onde as coisas se encaixam, os caminhos se acham e o final é... feliz? Uma voz no ouvido responde:

- Não. Isso não é novela global.

Afetos que não correspondem aos fatos. Fevereiros que talvez nunca cheguem. Amores que se desfazem com o vento. Esperanças que viram pó.

A cada momento só, a cada segundo que a mente consegue escapar, é mais um cigarro aceso, uma Coca-Cola tomada, uma cerveja, um whisky, uma música, uma vontade de... nem ser.

E nesta semana “bruxesca”, nesse fim de ano sem final feliz, só tenho três desejos:

que o ano acabe,

que o tempo passe,

e que as coisas mudem.

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